Decisão de vida
Quando estive desenganado, certo dia fiz uma aliança com o Senhor: caso Ele tivesse um plano para me curar, que uma pessoa me ligasse de uma cidade distante. Naquele tempo, não conhecia o Rio de Janeiro, tampouco tinha qualquer amigo, parente ou conhecido naquele estado. Então, como entendo que, ao fazermos uma prova com Deus, devemos buscar algo bem difícil – para depois não duvidarmos, achando que foi coincidência – disse a Jesus: “Senhor, que até meia-noite de sábado uma pessoa me telefone do Rio Janeiro. Será para mim a resposta da cura!
A semana passou rapidamente. Chegou o sábado. Passou a manhã e a tarde: o telefone não tocava. Já às 10h da noite, meus familiares foram repousar. Eu fiquei na sala. Sabia de todo o coração e alma que a falta do telefonema representaria minha morte, ou, pelo menos, uma doença crônica. Por muitas vezes, tenho ouvido a voz de Deus assim, por isso estava certo.
O relógio correu apressado a partir daquela hora. Chegou 22h30. As 23h se aproximavam, quando o silêncio da sala foi quebrado pelo som estridente do telefone. Corri para atendê-lo. Do outro lado, uma voz familiar me saudou:
– Alô, tio! Estou falando do Rio de Janeiro! Era uma sobrinha que morava em Macapá, mas estava naquele estado fazendo um curso de missões há mais de mês, sem que eu soubesse.
– Tio – prosseguiu ela – há vários dias quero telefonar para avisar que estou no Rio, mas nunca deu certo. Hoje, porém, decidi que só dormiria depois de telefonar.
Era a doce voz do Senhor falando comigo! Ele haveria de me curar, como de fato fez.