ARTIGOS EM JORNAIS

Nossa ponte aérea em 2019

Final de ano, época do Natal, lembra-nos o máximo de conhecimento que pudemos receber das regiões celestiais. O homem, sempre muito impressionado com o Universo, sempre investigativo acerca da existência de outros mundos, foi de repente surpreendido pela visita do que acreditamos ser o Filho de Deus, que veio a Terra vivenciar o processo natural da vida e da morte e nos falar de outra dimensão.

Segundo as Escrituras, o nascimento de Jesus foi um evento portentoso, com diversas manifestações celestiais. Pastores que guardavam seus rebanhos nas campinas de Belém receberam a visita de anjos e de um coral incontável de seres celestiais, que proclamavam as grandezas daquele Pequenino deitado em humilde manjedoura. Sábios foram guiados por uma misteriosa estrela. Revelações celestiais sobrevieram a Maria, José e Simeão.

Desde aquele memorável tempo, final de ano lembra-nos a nossa ponte aérea com o Céu. O contato com o Reino Celestial foi restabelecido, sendo a oração o veículo dessa comunicação.

Diariamente, você pode desfrutar desse “desembarque” em terras celestiais. Falando com Deus, nossas palavras, movem-se mais rápido do que a luz. Tenho vivido isto durante a minha vida. Sou acostumado a viver todos os dias nessa ponte aérea.

As respostas das regiões celestiais podem sobrevir em três momentos: depois de falarmos, durante a oração e – mais surpreendente – antes de abrirmos a nossa boca. Sempre fico impactado com esta última forma. Lembro agora que, organizando a agenda semanal de oração para o nosso programa diário de rádio, decidi que no final da semana eu iria orar pela necessidade de um novo computador no escritório pastoral. Ocorre que, seis dias antes de orar, sem que eu nada houvesse falado do assunto no primeiro programa da semana, um senhor ligou para me avisar que estava doando o valor necessário para a compra de um computador novo para o nosso espaço de evangelização.

Certa ocasião, visitou-me um jovem que há uma semana sofria com um tremor muscular na face. Quando perguntei se ele queria conversar com as regiões celestiais sobre isso, ele respondeu “Sim, eu quero”. Então, sentado, como eu estava junto à mesa do escritório pastoral, girei a cadeira para a parede a fim de ter melhor privacidade na oração. Quando fiz isto, uma voz falou comigo dizendo: “Não precisa orar”.

Movendo a cadeira de volta, disse ao jovem que ele podia ir. Então, ele perguntou-me: “O senhor não vai mais orar por mim?”. Respondi: “Não precisa, o seu rosto não está mais tremendo!”. O jovem levantou-se livre do incômodo, a oração fora respondida antes de ter sido feita. Experimente orar um pouco em 2019. Hoje, e durante o ano inteiro, temos esta ponte aérea.

 

 

 

Rui Raiol é escritor.

(Site: www.ruiraiol.com.br)

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